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Em que estágio o paciente pode se submeter a esse tratamento?

O congelamento do tecido ovariano é uma opção viável para pacientes oncológicos que precisam iniciar rapidamente terapêuticas gonadotóxicas, como quimioterapia e radioterapia. Idealmente, o material deve ser coletado antes do início desses tratamentos para maximizar a preservação da função ovariana. A remoção do tecido ovariano pode ser realizada em qualquer fase do ciclo menstrual e é geralmente feita por laparoscopia, um procedimento minimamente invasivo. Esse procedimento pode ser particularmente benéfico para indivíduos que ainda não completaram a puberdade, uma vez que não requer estimulação hormonal.

Como funciona o congelamento do tecido ovariano para pacientes oncológicos?

O processo de congelamento do tecido ovariano envolve a remoção de uma parte do ovário, que é, então, cortada em tiras finas e é criopreservada. Essas tiras contêm milhares de folículos, que são estruturas que abrigam os óvulos. O material é preservado em nitrogênio líquido a temperaturas extremamente baixas para manter a sua viabilidade a longo prazo. Assim que o tratamento oncológico for concluído e o paciente estiver em remissão, o tecido ovariano pode ser descongelado e reimplantado no corpo, geralmente na região pélvica. Esse procedimento visa restaurar a função ovariana, permitindo a retomada da produção hormonal natural e, potencialmente, a fertilidade.

Benefícios do congelamento do tecido ovariano para pacientes oncológicos

O congelamento do tecido ovariano oferece vários benefícios significativos para pacientes oncológicos:

  • Preservação da fertilidade: o tecido armazenado contém centenas ou milhares de óvulos, aumentando significativamente as chances de sucesso na recuperação da fertilidade após o tratamento oncológico;
  • Flexibilidade no tempo de coleta: o procedimento de remoção do tecido ovariano pode ser realizado a qualquer momento, independentemente do ciclo menstrual, o que é crucial para pacientes que necessitam iniciar rapidamente o tratamento contra o câncer;
  • Restauração da função hormonal: além de preservar a fertilidade, o tecido reimplantado pode restaurar a produção hormonal, ajudando a evitar a menopausa precoce e suas complicações associadas;
  • Possibilidade de concepção natural: estudos mostram que aproximadamente 50% dos pacientes que passam pelo autotransplante de tecido ovariano conseguem conceber naturalmente, reduzindo a necessidade de técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV);
  • Uso múltiplo do tecido: o tecido pode ser utilizado tanto para preservar a fertilidade quanto para retardar a menopausa, proporcionando benefícios duplos a partir de um único procedimento.